O que têm em comum Adélia, Vital, Damião, Ibiapina, Hélder, Lindalva, Francisco. Expedito, Cícero e Benigna? São pessoas diferentes em nacionalidade, gênero, faixa etária e grau de conhecimento. Mas, absolutamente, iguais no estilo de vida voltado para o amor a Deus e ao próximo. Esses dez benditos fixaram raízes em terras da CNBB NE2 (Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco) e são candidatos fortíssimos a tornarem-se santos. O processo é longo e passa por títulos distintos até chegar à santidade: servo, venerável e beato. A história deles é ponto de atração do 18º Congresso Eucarístico Nacional.
Entre todos eles somente a menina cearense Benigna Cardoso da Silva não é freira. Ela foi beatificada em outubro deste ano como heroína da castidade. Morreu aos 13 anos de idade e desde então, na boca do povo, ela é tida como santa. Irmã Lindalva, filha da caridade, também é beata e vítima de martírio. E irmã Adélia, com história de fé e solidariedade espera de Roma a declaração de serva. A canonização deixa na fila também dom Helder Camara, reverenciado mundialmente como o Dom da Paz e irmão dos pobres.
O martírio também se faz presente entre os religiosos destacados na Galeria da Santidade. Dom Vital e Dom Expedito Lopes são vítimas da agressividade humana. O servo de Deus padre Antônio Ibiapina, o venerável frei Damião de Bozzano, o beato padre Cícero Romão Batista e o padre Francisco Geraedtz destacaram-se por viverem como cristãos acima de qualquer suspeita. São missionários da fé, justiça e equidade.
Texto: Vera Ferraz