Quem passou pelo Centro de Convenções de Pernambuco nos dias em que ele abrigou o Congresso Eucarístico Nacional viu de tudo um pouco. E com intensidade. No térreo, o vai e vem de leigos e religiosos em busca de novidades na Feira Católica. Desfilavam padres de batina – algumas diferentes – e outros com vestes civis buscando suprir deficiências em suas paróquias. Outros, catavam livros, especialmente aqueles voltados para história de vida dos santos. Aqui e acolá, aparecia aspirantes a religiosas testando a voz no karaokê. E muitos abraços.

 No mall do primeiro andar, instalou-se o ar mais religioso. Tinha aí a Galeria da Santidade, Igreja e vinte padres se revezando em confissões. Almas pecadoras esperavam cerca de vinte minutos sentadas pela hora de contar os pecados ao padre e cumprir assim, o mandamento que manda confessar-se pelo menos uma vez por ano.  No cara a cara. Uma cadeira de frente para a outra com distância de cerca de dois metros de um para o outro confessionário. Na ala da espera não faltou sequer animadora de confissão. Uma anônima que discursava sobre a importância de confessar-se, bradando: “é importante reconhecer-se pecadora e pedir perdão. Eu fiz isso e me sinto ótima”.  Profissão nova na praça.  

Texto: Vera Ferraz